O naufrágio como operador de diferenças discursivas e identitárias: o caso de Álvarez Núñes Cabeza de Vaca

Autores

  • Daniel Vecchio Doutorando em História Cultural. UNICAMP – Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Filosofia e Ciências Humanas – Programa de Pós-Graduação em História. Campinas – SP – Brasil. 13083-896

Palavras-chave:

Naufrágio, Identidade, Diferença, Imaginário,

Resumo

Veremos nesse artigo que um dos aspectos mais importantes dos Naufrágios (1542) de Cabeza de Vaca é o choque cultural entre europeus e nativos americanos, e as consequentes transformações identitárias de ambos. Mediante a reflexão da diferença e da transformação identitária de colonizadores e conquistados, analisaremos a composição narrativa do relato, bem como os dados históricos apresentados. Entretanto, observaremos que ao invés de se pensar nas diferenças que potencialmente constituíam a persona do viajante ibérico e do nativo conquistado daquela época, parece haver uma forte tendência crítica para a mitificação desses sujeitos, representando-os como crentes nas mais desmedidas e cobiçosas exaltações materiais e imaginárias. Averiguaremos que Cabeza de Vaca mostra que mesmo um viajante sedento por riquezas está apto a experimentar o novo, transladando entre culturas.

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Publicado

01/03/2016

Edição

Seção

Literaturas de língua espanhola