A literatura frenética no romantismo: a França e o Brasil sob o signo de Satã

Autores

  • Ana Luiza Silva Camarani UNESP − Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho − Faculdade de Ciências e Letras − Departamento de Letras Modernas – Araraquara – SP

Palavras-chave:

Frenético, Literatura brasileira, Literatura francesa, Romantismo, Satã

Resumo

A narrativa frenética mostra-se envolta em uma atmosfera de horror que pode resultar da introdução de um componente sobrenatural e apoia-se comumente em um conjunto de elementos característicos: a perseguição, os cemitérios, os castelos em ruínas, a tortura, as sevícias. Com raízes anteriores à Revolução Francesa, a narrativa frenética na França não cativou uma atenção tão extensa quanto o interesse suscitado pelo romance gótico na Inglaterra, o que não impediu o frenético de persistir sob formas diversas. No Brasil, Álvares de Azevedo evidencia-se como um autor representativo dessa modalidade literária, vertente do romantismo brasileiro a qual se convencionou denominar ultrarromantismo; essa tendência, seguida por jovens escritores que praticavam em suas obras os exageros da escola romântica, também inclui a atração pela morte e pela figura do diabo entre os temas e motivos desenvolvidos, repercutindo bem os excessos da literatura frenética francesa.

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Publicado

17/01/2018

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