Tradução adaptada para o leitor surdo: múltiplos espaços e culturas em contraste

Autores

  • Wany Bernardete de Araujo Sampaio UNIR ‒ Universidade Federal de Rondônia ‒ Núcleo de Ciências Humanas ‒ Departamento de Línguas Vernáculas ‒ Grupo de Estudos em Culturas, Educação e Linguagens ‒ GECEL ‒ Porto Velho ‒ RO
  • Larissa Gotti Pissinatti UNIR ‒ Universidade Federal de Rondônia ‒ Núcleo de Ciências Humanas ‒ Departamento de Línguas Vernáculas ‒ Grupo de Estudos em Culturas, Educação e Linguagens ‒ GECEL ‒ Porto Velho ‒ RO

Palavras-chave:

Cronotopia, Literatura surda, Topoanálise, Topofilia, Tradução adaptada,

Resumo

Neste artigo, propomos uma leitura interpretativa da obra Patinho surdo (KARNOPP; ROSA, 2011), tradução culturalmente adaptada para o povo surdo, um reconto do clássico O patinho feio. Sob o ponto de vista de que a obra literária é um espaço pujante de relações, processos e acontecimentos vivenciados por personagens que interagem em tempos-espaços imbricados e relacionados entre si, consideramos as noções de cronotopia (BAKHTIN, 1993), topofilia (BACHELARD, 1972; TUAN, 2012) e topoanálise (BORGES FILHO, 2007), termos que abarcam as inter-relações sociais no tempo-espaço, o sentimento em relação ao meio ambiente e as representações simbólicas presentes no tempo-espaço da obra literária. Depreendemos, em nossa leitura, que: (i) a literatura surda busca, através de narrativas culturalmente adaptadas, afinar o leitor com a perspectiva de mundo do povo surdo; (ii) o espaço narrativo se configura como lócus de afirmação de valores, hábitos e formação do ethos do povo surdo e, (iii) a própria literatura surda, ainda emergente e pouco (re)conhecida socialmente, busca marcar seu espaço no interior do campo literário.

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Publicado

21/05/2018

Edição

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