A glauberiana, um coro trágico de Édipo: do mundo antigo ao Brasil tropical

Autores

  • Renata Cazarini de Freitas UFF ‒ Universidade Federal Fluminense ‒ Instituto de Letras ‒ Niterói – RJ

Palavras-chave:

Édipo, Hughes, Recepção, Sêneca, Teatro

Resumo

A partir de uma análise descritiva de textos e das condições de produção, este artigo apresenta a recepção do teatro antigo no palco brasileiro por meio da peça Édipo, de Sêneca, autor latino do século I d.C., numa encenação ocorrida em 1996, em São Paulo. A montagem foi motivada pela tradução e adaptação da peça The Oedipus of Seneca, do poeta inglês Ted Hughes (1930-1998), encenada na Inglaterra em 1968 por Peter Brook e tornada canônica. No Brasil, a poesia dramática de Hughes foi tropicalizada no Édipo de Tabas, uma opção evidente no trocadilho do título, cujo termo indígena evoca a cidade grega de Tebas, onde originalmente se passa a trama. A versão em português criada pela trupe Teatro Promíscuo, capitaneada pelo ator e encenador Renato Borghi, jamais publicada, inclui um coro à moda trágica evocando o cineasta brasileiro Glauber Rocha (1939-1981). Parte substancial da pesquisa tem sido o resgate de documentos e estudo das condições de produção e recepção da peça.

Biografia do Autor

Renata Cazarini de Freitas, UFF ‒ Universidade Federal Fluminense ‒ Instituto de Letras ‒ Niterói – RJ

Docente e pesquisadora de língua e literatura latina no Instituto de Letras da UFF, Niterói; doutoranda em Letras Clássicas na USP; tradutora.

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Publicado

21/05/2018

Edição

Seção

Letras clássicas: tradução e recepção