A “aprendizagem da agonia” como experiência do mundo contemporâneo em Os cus de judas

Autores

  • Ana Paula Silva UFU – Universidade Federal de Uberlândia. Instituto de Letras e Linguística – Programa de Pós- Graduação em Estudos Literários. Uberlândia – MG – Brasil. 38408-100. IFTM – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro. CampusItuiutaba – Núcleo Comum. Ituiutaba – MG – Brasil.
  • Angelo Adriano Faria de Assis UFV – Universidade Federal de Viçosa. Departamento de História – Programas de Pós-Graduação em Letras, e Mestrado Profissional em Patrimônio Cultural, Paisagens e Cidadania. Viçosa – MG – Brasil.

Palavras-chave:

Romance português contemporâneo, António Lobo Antunes, Memória, Identidade, Os cus de Judas,

Resumo

A “aprendizagem da agonia” iniciada pelo narrador de Os cus de Judas na Guerra Colonial é também aprendida pelo ser humano em outras batalhas impostas pela sociedade contemporânea, em que as identidades fixas, calcadas no pertencimento a coletividades promotoras de segurança e conforto, estão sendo estilhaçadas. Assim, a reconfiguração da identidade nacional se desdobra na reconfiguração da identidade individual, na busca agônica por uma resposta à pergunta: “Quem sou eu?”. Nesse sentido, este trabalho se propõe a estudar como é configurada a identidade do narradorprotagonista no romance contemporâneo português Os cus de Judas, apoiandose, especialmente, nas teorizações de Paul Ricoeur acerca da escrita da memória e de Zygmunt Bauman a respeito das condições sociais desta era chamada por ele de “modernidade líquida”, além da apreciação da fortuna crítica do autor e da obra.

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Publicado

13/04/2017

Edição

Seção

Identidades: o eu e o outro na literatura