A representação dos celtas na cultura letrada vitoriana
Palavras-chave:
Celtas, Cultura letrada vitoriana, Feminização,Resumo
Atento à contribuição da elite letrada para o imperialismo britânico, este trabalho investiga, mediante exame de textos ficcionais e ensaísticos de escritores e críticos literários vitorianos, como Alfred Tennyson e Mathew Arnold, a instrumentalidade do gênero na invenção da diferença racial que procurou justificar a colonização da Irlanda. Por meio das fontes investigadas, observamos que os celtas eram feminizados como antíteses dos “másculos” anglo-saxões devido à sua suposta debilidade emocional e intelectual, sendo, portanto, equiparados às mulheres metropolitanas em representações que amalgamavam racismo e sexismo. Graças à concatenação entre estereótipos de raça e gênero, aantinomia masculino/feminino facultou a elaboração de disjunções que visavam naturalizar assimetrias entre império e colônia sob os álibis da complementaridade e hierarquia “naturais” entre os sexos.
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