Literatura e circulação de afetos

promessas de felicidade, ilusão e desamparo em A casa na floresta, de Bernhard Schlink

Autores

Palavras-chave:

Bernhard Schlink, relações afetivas, contemporaneidade, pressões sociais de gênero

Resumo

O trabalho busca refletir, a partir de uma obra de Bernhard Schlink, sobre aspectos importantes da organização da sociedade, bem como sobre seus dramas, memórias e desafios cotidianos na contemporaneidade. Assim, o estudo da novela A casa na floresta possibilita pensar sobre as transformações e dilemas da sociedade, ante as transformações na intimidade e nas afetividades, em um mundo marcado pela efemeridade das relações humanas e pela busca da felicidade como uma obrigação social, problematizando certos aspectos da vida contemporânea que tendem a ser naturalizados. Os (des)encontros entre homens e mulheres, em suas relações conjugais, bem como nos sonhos, ideais e temores, trazem os paradoxos da busca de felicidade do casal, da igualdade de gênero e da realização pessoal, confrontados com os preconceitos de cada pessoa. Os significados sociais da natureza “domada”, frente a um mundo capitalista predominantemente urbano, a vida em comum e de cada sujeito que compõe um casal, bem como a educação das crianças são alguns temas abordados com leveza e profundidade nesta obra de Schlink, que traz diversos elementos para pensar os desafios da contemporaneidade.

Biografia do Autor

César Martins de Souza, Universidade Federal do Pará (UFPA). Programa de Pós-Graduação em Linguagens e Saberes da Amazônia. Bragança – Pará – Brasil.

Doutor em História pela Universidade Federal Fluminense. Professor do Programa de Pós-Graduação em Linguagens e Saberes da Amazônia e do Campus de Bragança, ambos da UFPA. Investigador Externo do Centro de Estudios de la Argentina Rural/Universidad de Quilmes-Argentina. Editor-Chefe da Nova Revista Amazônica/UFPA.

Raquel Lopes, Universidade Federal do Pará (UFPA). Altamira – Pará – Brasil.

Licenciada em Letras/Português (UFPA), Mestre em Letras/Linguística (UFPA) e Doutora em Ciências Sociais/Antropologia (UFPA-PARIS XIII). É professora do Curso de Licenciatura em Educação do Campo, da Universidade Federal do Pará/Campus de Altamira, onde atua nas áreas de linguística, ensino de línguas, metodologias de ensino e educação diferenciada.

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Publicado

04/04/2022

Edição

Seção

Tema Livre