Rousseau, sade e casanova: estratégias de sensibilité pura e de libertinagem artificiosa

Autores

  • André Luiz Barros UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo. Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas – Departamento de Letras. Guarulhos – SP – Brasil. 07252-312 -

Palavras-chave:

Rousseau, Literatura de libertinagem, Sade, Casanova, Amor e subjetividade moderna,

Resumo

Análise das estratégias narrativas de J.-J. Rousseau, D.F.A. Sade e G. Casanova no que toca às concepções de amor e desejo, relacionadas às de “verdade do coração” e “excesso ilusionista”. Da ideia de autarquia rural, em La Nouvelle Heloïse, de Rousseau – com sua contraposição moralizante aos artifícios do meio urbano –, à de festas suntuosas como provas de amor (ou desejo), em La double épreuve, de Sade, o que se avalia é o ethos da sensibilité versus o libertino. O primeiro estabelece a positividade subjetiva moderna; o segundo a combate em nome da noção moderna, em constituição, do desejo e da sedução. Em Histoire de ma vie, Casanova propõe uma via alternativa, com a concepção nem moralizante, nem cerebral do encontro erótico-amoroso. Indica um modo de prazer na multiplicidade do aqui-e-agora, sem ganas de dominação. Apontamos consequências desses embates na constituição da subjetividade moderna.

Downloads

Edição

Seção

Artigos