Da “greve geral de massas” à “greve vaca brava”.
DOI:
https://doi.org/10.32760/1984-1736/REDD/2010.v3i1.4395Palavras-chave:
Greve, Estado, Política, Mundo do trabalho, CapitalismoResumo
Este artigo visa a discutir a greve como construção coletiva, incorporando as diversas possibilidades de definições, conceitos, e objetivação histórica. A opção é perquirir a
greve no mundo do trabalho, inclusive registrando que a mesma possui um espectro mais amplo. No nascedouro do capitalismo, as formulações teóricas debatem sobre a correção ou não do uso da greve como arma dos trabalhadores. Uma segunda polêmica é a defesa da greve como instrumento revolucionário, capaz de vitórias políticas. Em um terceiro momento, após particularmente as greves belgas e russas, o conceito de greve como instrumento político se
firma. As discussões consolidam consensos: não é correto pensar em tipologias estanques, haja vista a capacidade das greves em metamorfosearem-se, mas é possível caracterizá-las considerando os contextos objetivos dados. As greves e suas caracterizações têm se modificado ao longo dos anos. Na contemporaneidade o conceito de greve política não pode ser mais percebido como outrora, por ter ou não capacidade de derrubar o Estado, o conceito se ampliou. Porém, a despeito das mudanças, as greves permanecem sendo um fundamental instrumento da Classe Trabalhadora. E tal como efetivação da ação coletiva descortina o
âmago da sociedade do capital, anuncia aos trabalhadores os limites da democracia e do Estado burguês.
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