A organização flexível no comércio varejista: intensificação, sofrimento e os percalços da precarização dos estáveis na C&A Modas

Autores

  • Silvio Matheus Alves Santos Mestre em Sociologia. UFSCar - Universidade Federal de São Carlos. Programa de Pós-Graduação em Sociologia. São Carlos – SP – Brasil

DOI:

https://doi.org/10.32760/1984-1736/REDD/2013.v7i1.6383

Palavras-chave:

Trabalho flexível. Intensificação do trabalho. Multifuncionalidade. Trabalhador estável. Precarização.

Resumo

Este artigo trata do trabalho numa multinacional fast fashion do comércio varejista, tendo como centro de análise os trabalhadores estáveis que estão inseridos numa organização do trabalho flexível, baseado em “5” Comportamentos, numa lógica de Competências e principalmente na multifuncionalidade exigida, acrescidos da pressão em bater metas e pelo plano de carreira. Nesse contexto, foi possível constatar processos de intensificação e precarização do trabalho ao investigarmos como os trabalhadores absorvem as responsabilidades das metas (profissionais e pessoais) colocadas pela empresa e o transbordamento de tais impactos para o seu contexto familiar. Assim, chegamos à conclusão de que o trabalho se intensifica e se complexifica com o aumento da demanda de trabalho em “eventos comemorativos”, com acréscimo de responsabilidades frente às metas e com o acúmulo de tarefas e responsabilidades que surgem com o plano de carreira. Portanto, identificamos como consequência desses processos, problemas de sofrimento com impactos na saúde física e psicológica desses trabalhadores. Por fim, este artigo é fruto de uma pesquisa que analisou duas lojas da C&A de Aracaju/Sergipe, entre os anos de 2010 a 2012, executando entrevistas com trabalhadores, observações acerca da organização do trabalho, levantamento de material e documentação pública sobre a empresa.

Biografia do Autor

Silvio Matheus Alves Santos, Mestre em Sociologia. UFSCar - Universidade Federal de São Carlos. Programa de Pós-Graduação em Sociologia. São Carlos – SP – Brasil

Graduado em Ciências Sociais, pela Universidade Federal de Sergipe. Mestre em Sociologia pelo PPGS - Programa de Pós-Graduação em Sociologia, da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos). Fez parte de grupos de pesquisas: Trabalho e Mobilidade Social - UFSCAR e Trabalho, precarização e cooperativismo - A crise do trabalho e as experiências de geração de emprego e renda - UNICAMP. E atuou nas linhas de pesquisa: Trabalho flexível e identidades sociais; e Terceirização, informalidade e precarização do trabalho. 

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Publicado

05/06/2014

Edição

Seção

Artigos