DÚVIDA E PERCURSO TRANSGRESSIVO:UMA ANÁLISE DE CENA DO LONGA-METRAGEM <i>DÚVIDA</i>
DOI:
https://doi.org/10.21709/casa.v10i2.5586Palavras-chave:
Dúvida, Percurso Transgressivo, Modalidades Epistêmicas, Crer, Saber, Fé.Resumo
Dentro do domínio teórico da Semiótica da Escola de Paris, a dúvida é definida como uma categoria modal diretamente relacionada às modalidades epistêmicas e às atividades cognitivas empreendidas pelo sujeito para saber ou conhecer algo sobre o seu mundo. Mais especificamente, Fontanille, em “Un point de vue sur ‘croire’ et ‘savoir’”, artigo de 1982, ao delimitar dois universos de racionalidade, um referente ao crer e o outro, ao saber, aponta a dúvida como uma operação cognitiva própria do universo do crer, visto que a operação equivalente no universo do saber seria a contestação. Ainda segundo o autor, esses dois universos pressupõem juntos um mesmo sujeito cognitivo, suscetível alternadamente ao crer e ao saber, e que passa de um sistema a outro por meio de um percurso transgressivo. Desse modo, o presente artigo vale-se, de maneira central, das noções semióticas de dúvida e percurso transgressivo para analisar uma cena de quatro minutos do longa-metragem Dúvida, de John Patrick Shanley. A cena é constituída pelo sermão do personagem padre Flynn, interpretado por Phillip Seymore Hoffman, que tematiza a dúvida dentro da prática e da ética religiosas.
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