O ENUNCIATÁRIO EM POESIAS DIGITAIS
DOI:
https://doi.org/10.21709/casa.v13i2.8017Palavras-chave:
Enunciatário, Poesia digital, Interação enunciativa, Participação, LeituraResumo
As mudanças produzidas pelas novas práticas de relações intersubjetivas na internet, envolvendo os textos poéticos publicados na web, merecem a atenção dos estudiosos do discurso. Neste artigo, analisaremos o estatuto de participação do enunciatário de poesias digitais de língua portuguesa, a partir do quadro teórico da semiótica de linha francesa, observando seus modos de presença e práticas de leitura, apreensíveis pelos próprios enunciados. Levaremos principalmente em conta poemas que utilizam os recursos sincréticos, com animação, que o meio digital disponibiliza, publicados em diversos sites de poesia e sites oficiais de poetas disponíveis na web (sites como Errática, Zunái, Cronópios etc., e os de autores como o de Arnaldo Antunes, o de Augusto de Campos, entre outros), verificando como constituem o ciberleitor. Identificamos, na variedade de modos de leitura e de participação do enunciatário, uma tipologia que organiza em traços gerais as formas de constituição desses leitores, relativamente à competencialização cognitiva e pragmática pressuposta à leitura e à maneira como fazem face à convocação pelo enunciador à participação e à experimentação lúdica e estética dos recursos expressivos. Enfim, é preciso compreender também de que modo essas práticas de leitura se aproximam ou se distanciam das que já se fazem presentes nos textos impressos.
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