A NARRATIVA IMPRESSIONISTA DO ESCRITOR MACHADO DE ASSIS E ATITUDE EXPRESSIONISTA DO DIRETOR LUIZ FERNANDO CARVALHO
DOI:
https://doi.org/10.21709/casa.v10i2.5593Palabras clave:
Narrativa Impressionista, Machado de Assis, Atitude Expressionista, Luiz Fernando Carvalho.Resumen
Enquanto leitor da narrativa impressionista do escritor Machado de Assis, o diretor Luiz Fernando Carvalho, ao transpor o romance Dom Casmurro (1899) para o suporte televisivo, - realizando a minissérie Capitu (2008) -, procurou manter a imprecisão no narrar, a exploração sinestésica e sugestiva no contar, mas, ao lançar seu ponto de vista sobre o processo estético de sua realização, explorou carregar no traço, deformando, estilizadamente, as personagens de modo grotesco, caricaturesco, muito mais próximo de uma atitude dita expressionista do que impressionista. Assim, ao procurarmos demonstrar, com este trabalho, a opção feita pelo diretor por uma atitude expressionista na caracterização do narrador sincrético, como exemplo, inferimos uma destruição na realidade convencional dos meios mobilizados e um certo efeito de estranhamento produzido com as elucubrações quase ensandecidas de um narrador que quase cola-se na câmera, interage dentro da própria cena ocorrida em um passado longínquo e, progressivamente, fala por todos os cantos, dentro de um espaço sombrio, permeado de sombras, figurativizando, assim, a própria fantasmagoria de eu interior atormentado. Enfatiza-se, assim, o exagero da condição humana, pelo viés expressionista, engendrando uma potencialidade transfiguradora do pensar, do agir, do estar/ser no mundo. Verifica-se, portanto, que o grotesco, trabalhado enquanto solução formal para hiperbolizar tal atitude expressionista, figura-se desde a maquiagem até o posicionar-se em cena, permitindo-nos ampliar e engendrar outras possibilidades de leitura para uma obra já tão estudada, mas, constantemente, retomada por sua plurissignificação e por sua atualidade.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Los autores de los trabajos aprobados concuerdan en ceder a CASA los derechos no exclusivos de publicación, permaneciendo libres para colocar a disposición sus textos en otros medios desde que sea mencionada la publicación de la primera versión en la revista. Autorizan, además, a la revista a ceder su contenido para reproducción en indexadores, repositorios y similares. Es vedada la traducción para otro idioma sin la autorización escrita del Editor, oída la Comisión Editorial. La responsabilidad del contenido de los artículos es exclusiva de los autores.