DE KESSEL A BUÑUEL E OLIVEIRA: QUANDO O CINEMA RESPONDE À LITERATURA
DOI :
https://doi.org/10.21709/casa.v10i2.5573Mots-clés :
Adaptação fílmica, Transcodificação Semiótica, Relações Interartes, Literatura e Cinema.Résumé
Análise e comparação de três diferentes obras que dialogam entre si: o romance de Joseph Kessel Belle de Jour (1928) e os dois filmes a ele ligados, Belle de Jour, de Luis Buñuel (1967) e Belle Toujours, de Manoel de Oliveira (2006), com o objetivo de compreender as várias dimensões do processo de transcodificação semiótica operado pelos dois cineastas. Os deslizamentos de sentido, bem como as mudanças formais acontecidas na passagem do livro para a primeira obra fílmica, são acentuados com a realização do filme de Oliveira, o qual, embora desejando explicitamente dialogar com a obra de Buñuel, acaba por manifestar uma continuidade que vai até à origem literária de todo o processo. Desta forma, a obra final testemunha a intertextualidade presente já no filme que a antecede, complexificando esse diálogo através da resposta que fornece tanto às sugestões nesta corporizadas, quanto aos sentidos ocultos nela encontrados. Assim se estabelece uma nova dinâmica de intercâmbio entre as três obras, que favorece uma permanente re-leitura de cada uma delas e lança simultaneamente novos dados sobre o fenómeno da adaptação fílmica e das relações interartes, nomeadamente entre a literatura e o cinema.Téléchargements
Publiée
18/12/2012
Numéro
Rubrique
Articles
Licence
Les auteurs des travaux approuvés acceptent de céder aux CASA les droits non exclusifs de publication et restent libres de diffuser ses textes par d’autres moyens pour autant qu’ils mentionnent la publication de la première version dans la revue. Ils autorisent également la revue à céder son contenu à la reproduction dans des catalogues, des dépôts et similaires. La traduction dans une autre langue sans l’autorisation écrite de l’Éditeur, en accord avec la Commission Éditoriale, est interdite.