Consumo de psicotrópicos e estilo terapêutico
Os limites do uso racional de medicamentos
DOI:
https://doi.org/10.52780/res.v27iesp.2.16907Palavras-chave:
Consumo de psicotrópicos, Mercado, Capitalismo afetivo, Indústria farmacêutica, Uso racional de medicamentos (URM)Resumo
Neste artigo contextualizamos a era do capitalismo afetivo conforme postulado por Eva Illouz para apontar desafios do consumo de psicotrópicos. O artigo parte de uma investigação bibliográfica e documental refletindo acerca dos limites do uso racional de medicamentos como uma questão de mercado. As considerações sobre o uso racional de medicamentos partem da premissa de que basta mais informação para que atores (considerados racionais a fim e com preferências dadas) farão o uso racional de medicamentos. O aporte do referencial adotado contribui ao iluminar as relações de poder as quais impõem objetos e discursos construindo a razoabilidade de quais itens podem ou devem circular pelos mercados. O objetivo é observar as crenças compartilhadas. Investigamos as crenças no entorno do consumo de psicotrópicos, em particular o uso do Metilfenidato para o TDAH, como forma de iluminar as tensões e controvérsias na construção desse mercado. Constatamos a mobilização de dois apelos distintos e alternáveis para justificar o mercado do metilfenidato: apelo à saúde, apelo ao mercado visualizado como direito do consumidor.
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