Interseccionalidade e Covid-19

gênero, raça e classe em quilombos e aglomerados urbanos na pandemia em Minas Gerais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.52780/res.v29i2.18993

Palavras-chave:

Quilombos, Aglomerados urbanos, Democracia sanitária, Gênero, Interseccionalidade

Resumo

Apresentamos um panorama crítico da pandemia da Covid-19, com foco nas intersecções entre classe, gênero e raça, a partir das comunidades quilombolas Córrego do Narciso e Córrego do Rocha, no Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais, e da Cabana do Pai Tomás, aglomerado urbano de Belo Horizonte-MG. Buscamos tensionar os conceitos de democracia sanitária e direito à saúde, a partir das práticas dos sujeitos. Pesquisas baseadas em projetos que emanaram de redes institucionais, para o enfrentamento e análise do contexto sanitário, operaram na confluência da educação popular em saúde e da divulgação e popularização em ciência, entendidas como promotoras de um entre-lugar de encontros. A metodologia deu proeminência à análise qualitativa, contribuindo para perceber o papel das lideranças femininas nas ações de enfrentamento à Covid-19 e seus efeitos. Apesar das distâncias geográficas, tais mulheres se conectam, fazendo múltiplos territórios se vincularem no tempo histórico e na urgência pandêmica.

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Biografia do Autor

Flora Rodrigues Gonçalves, Instituto René Rachou, Fiocruz Minas, Minas Gerais, Brasil

Possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Minas Gerais (2007), Mestrado (2010) e Doutorado em Antropologia Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (2019). Tem experiência na área de Antropologia, com ênfase em Antropologia e Sociologia, atuando principalmente nos seguintes temas: Antropologia da Saúde, Antropologia do Gênero, Antropologia da Ciência e da Tecnologia e Educação. É autora da Tese intitulada: "Autorias em contexto: estudos antropológicos sobre criação e propriedade, premiada pelo Prêmio UFMG de Teses em 2020 como melhor Tese do Programa de Pós-Graduação em Antropologia e ganhadora da menção honrosa do Prêmio ESOCITE.BR de Melhor Tese de Doutorado na área de Estudos Sociais da Ciência e da Tecnologia, no biênio 2019-2021. É pesquisadora vinculada do Grupo de pesquisa GESEX - Grupo de Pesquisa Gênero e Sexualidade/UFMG e do LACS - Laboratório de Antropologia das Controvérsias Sócio Técnicas/UFMG. Atualmente, é pós-doutoranda em Saúde Coletiva pelo Instituto René Rachou - Fiocruz Minas Gerais. É mãe do Bernardo e do Ravi.

Bráulio Silva Chaves, Departamento de Ciências Sociais e Filosofia do CEFET-MG

É professor do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG), no Departamento de Ciências Sociais e Filosofia. Doutor em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (2015), possui mestrado em História (2007) e graduação em História pela mesma instituição (2003). Realizou doutorado sanduíche em Paris/França, no CERMES 3 (Centre de recherche médecine, sciences, santé, santé mentale, société). Atualmente, é membro da diretoria da ESOCITE.BR (Associação Brasileira de Estudos Sociais das Ciências e das Tecnologias), como secretário-geral. Realiza estágio pós-doutoral no Instituto René Rachou/Fiocruz Minas. É líder do GEPTT (Grupo de Estudos e Pesquisas em Trabalho e Tecnologias) e tutor do PET-ConecTTE-CEFET-MG, Conexão Interdisciplinar: Trabalho, Tecnologias e Educação (Programa Institucional de Educação Tutorial do CEFET-MG). Tem experiência na área de ensino de História e Sociologia e atua na Divulgação e Popularização da Ciência. Na pesquisa, tem ênfase nos seguintes temas: Estudos CTS (Ciência, Tecnologia e Sociedade), História das Ciências da Saúde, História das Instituições Médico-científicas, História da Ciência e da Técnica.

 

Polyana Aparecida Valente, Departamento de Ciências Humanas e Fundamentos da Educação da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) MG, Brasil

Possui pós-Doutorado pelo Instituto de Pesquisas René Rachou Fiocruz/MG no campo da Saúde Coletiva. Doutorado em Ciência e Cultura na História/UFMG (2016). Mestre em Ciências pelo Programa de Pós- Graduação História das Ciências e da Saúde da Casa de Oswaldo Cruz- Fiocruz/RJ (2010). Graduação em História (2005). É professora da Universidade do Estado de Minas Gerais/Unidade Ibirité no ensino de História da Educação, História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena e atualmente é subchefe do Departamento de Ciências e Fundamentos da Educação da UEMG/Ibirité. Pesquisadora bolsista da Casa de Oswaldo Cruz/ Fiocruz. Tem interesse nos temas: educação, saúde, ciências, feminismo negro e mulheres nas ciências e comunidades quilombolas.

Publicado

01/11/2024

Como Citar

GONÇALVES, F. R.; CHAVES, B. S.; VALENTE, P. A. Interseccionalidade e Covid-19: gênero, raça e classe em quilombos e aglomerados urbanos na pandemia em Minas Gerais. Estudos de Sociologia, Araraquara, v. 29, n. 2, 2024. DOI: 10.52780/res.v29i2.18993. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/estudos/article/view/18993. Acesso em: 9 dez. 2024.