The contemporaneity of Clube da Esquina’s critical songs of the military dictatorship

Spectacular time, remembrance and resistance

Authors

DOI:

https://doi.org/10.52780/res.v27i00.14267

Keywords:

Clube da Esquina, Military dictatorship, Society of the Spectacle, Remembrance, Resistance

Abstract

This article intends to situate the group Clube da Esquina as a cultural producer of songs that were critical of the military dictatorship in the 1970s and to examine, in accordance with Walter Benjamin’s concept of remembrance, their validity at the present time as resistance to the production of social amnesia about this regime, in the context of the spectacular time, as conceptualized by Guy Debord. The dialectical method of critical theory is employed, as the research examines the object in specific historical situations. In the songs by Clube da Esquina, resorting to the memory of the narrative subject about repression and the victims of the military dictatorship became a strategy to preserve the history of the country. Although the criticism of the regime was under censorship, avoiding the oblivion of what happened was a possibility to contest what was being done, to think about the transformation of society, and to project itself into the future as a historical document.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Emerson Ike Coan, Faculdade Cásper Líbero (FCL), São Paulo – SP – Brasil

Programa de Pós-Graduação (PPGCOM). Grupo de Pesquisa (GP – CNPq) “Comunicação e Sociedade do Espetáculo”.

References

ADORNO, T. W. Educação e emancipação. Rio de Janeiro: Paz e terra, 2006.

AQUINO, J. E. F. Reificação e linguagem em Guy Debord. Fortaleza: EdUECE/Unifor, 2006a.

AQUINO, J. E. F. Memória e consciência histórica. Fortaleza: EdUECE, 2006b.

ARNS, P. E. (prefácio). BRASIL: Nunca Mais. Petrópolis, RJ: Vozes, 1986.

BENJAMIN, W. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Brasiliense, 2012.

BORGES, M. O Clube da Esquina. In: NAVES, S. C.; DUARTE, P. S. (org.) Do samba-canção à tropicália. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 2003. p. 167-176.

BORGES, M. Os sonhos não envelhecem: Histórias do Clube da Esquina. São Paulo: Geração Editorial, 1996.

BOSI, E. O tempo vivo da memória. Ensaios de psicologia social. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003.

DEBORD, G. A sociedade do espetáculo. Comentários sobre a sociedade do espetáculo. Rio de Janeiro: Contraponto, 1997.

DINIZ, S. C. “...De tudo que a gente sonhou”: amigos e canções do Clube da Esquina. São Paulo: Intermeios, Fapesp, 2017.

DREIFUSS, R. A. 1964: a conquista do Estado. Ação política, poder e golpe de classe. Petrópolis, RJ: Vozes, 1981.

GAGNEBIN, J. M. Documentos da cultura/documentos da barbárie. Revista Ide (Psicanálise e Cultura), Sociedade Brasileira de Psicanálise, São Paulo, v. 31, n. 146, jun. 2008. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31062008000100014. Acesso em: 29 nov. 2018.

GAGNEBIN, J. M. Lembrar escrever esquecer. São Paulo: Editora 34, 2009.

GAGNEBIN, J. M. Walter Benjamin ou a história aberta. In: BENJAMIN, W. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Brasiliense, 2012. p. 7-19.

GAGNEBIN, J. M. Limiar, aura e rememoração. Ensaios sobre Walter Benjamin. São Paulo: Editora 34, 2014.

GASPARI, E. A ditadura encurralada. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2014.

IANNI, O. A ditadura do grande capital. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 1981.

JAPPE, A. Guy Debord. Lisboa: Antígona, 2008.

LACERDA, M. Hotel Universo – a poética de Ronaldo Bastos. Rio de Janeiro: Azougue Editorial/Oca Editorial, 2019.

LÖWY, M. Walter Benjamin: aviso de incêndio. Uma leitura das teses “Sobre o conceito de história”. São Paulo: Boitempo, 2005.

LUKÁCS, G. História e consciência de classe. Estudos sobre a dialética marxista. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

MACIEL, L. Milagre dos peixes. São Paulo: Abril, 2012.

MARTINS, B. V. Som Imaginário: a reinvenção da cidade nas canções do Clube da Esquina. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2009.

MARTINS, F. Quem foi que inventou o Brasil? A música popular conta a história da República. V. II. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2015.

MATOS, O. C. F. Benjaminianas. Cultura capitalista e fetichismo contemporâneo. São Paulo: Editora UNESP, 2010.

MATTOS, P. C. V. Palavras Musicais: letras, processo de criação, visão de mundo de 4 compositores brasileiros (F. Brant, M. Borges, M. Antunes e C. Amaral). Entrevistas. Belo Horizonte, 2006.

NAVES, S. C. Canção popular no Brasil: a canção crítica. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010.

NASCIMENTO, M. Clube da Esquina 2. Gravadora: EMI-Odeon. Produção: Milton Nascimento, Novelli, Ronaldo Bastos. Formatos: LP (1978), CD (1988), CD (2007). Lançamento: 1978.

NASCIMENTO, M. Minas. Característica: vocal. Gravadora: EMI-Odeon. Produção: Ronaldo Bastos. Formatos: LP (1975), CD (1995). Lançamento: 1975.

NASCIMENTO, M. Milagre dos Peixes. Característica: vocal e instrumental. Gravadora: EMI-Odeon. Produção: Fernando Brant. Formatos: LP (1973), CD (1995). Lançamento: 1973.

NASCIMENTO, M.; BORGES, L. Clube da Esquina. Gravadora: EMI-Odeon/Universal Music. Produção: Milton Miranda e Lindolpho Gaya. Formatos: LP (1972), CD (1989), CD (2007). Lançamento: 1972. Tempo: 64’22”.

OLIVEIRA, F. Crítica à razão dualista: o ornitorrinco. São Paulo: Boitempo, 2013.

PIOVESAN, F. Direito internacional dos direitos humanos e lei de anistia: o caso brasileiro. In: TELES, E.; SAFATLE, V. (org.). O que resta da ditadura: a exceção brasileira. São Paulo: Boitempo, 2010. p. 91-107.

REGINA, E. Elis. Característica: vocal. Gravadora: Phonogram/Philips. Produção: Cesar Camargo Mariano. Formatos: LP (1977), CD (1993), CD (1998). Lançamento: 1977.

SEVERIANO, J.; MELLO, Z. H. A canção no tempo: 85 anos de músicas brasileiras. v. 2: 1958-1985. São Paulo: Editora 34, 1998.

WISNIK, J. M. Sem receita. Ensaios e canções. São Paulo: Publifolha, 2004.

Published

21/12/2022

How to Cite

COAN, E. I. The contemporaneity of Clube da Esquina’s critical songs of the military dictatorship: Spectacular time, remembrance and resistance. Estudos de Sociologia, Araraquara, v. 27, n. 00, p. e022030, 2022. DOI: 10.52780/res.v27i00.14267. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/estudos/article/view/14267. Acesso em: 23 nov. 2024.