Cinema e Walter Benjamin: para uma vivência da descontinuidade

Autores/as

  • Cássio dos Santos Tomaim UNESP – Universidade Estadual Paulista/Franca - SP

Palabras clave:

Cinema, Walter Benjamin, ‘Experiência do choque’, Modernidade,

Resumen

Este artigo é uma iniciativa de destacar alguns elementos a respeito das reflexões de Walter Benjamin sobre o cinema, uma arte que, segundo o próprio autor, responde aos anseios perceptivos do homem moderno, àquele para o qual foi negada qualquer experiência. O cinema, “a obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica”, por excelência, é, para o autor, o marco de uma nova percepção, de uma nova relação entre público e obra de arte: a percepção coletiva. O que a multidão busca não é a contemplação ou o recolhimento diante da obra de arte, mas a sua distração. Fato que o cinema, ao reproduzir em sua forma o conceito benjaminiano de “experiência do choque”, por meio das sucessivas exposições de seus fragmentos, interrompendo constantemente a associação de idéias dos espectadores, insiste em colocar em pauta, (re)afirmando o caráter de diversão da arte moderna. Entretanto, para o autor, o cinema dialeticamente responde à diversão como o instrumento adequado para uma pedagogia das multidões — por meio de uma arte emancipada, as massas também se emancipariam.

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Publicado

22/05/2007

Cómo citar

TOMAIM, C. dos S. Cinema e Walter Benjamin: para uma vivência da descontinuidade. Estudos de Sociologia, Araraquara, v. 9, n. 16, 2007. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/estudos/article/view/145. Acesso em: 21 nov. 2024.