Sobre a irremediável educação
DOI :
https://doi.org/10.52780/res.v27iesp.2.16717Mots-clés :
Medicalização, Sujeito, Infância, EducaçãoRésumé
Na esteira da tradição dos estudos psicanalíticos em educação, o autor elucida a insistência atual dos adultos, ora profissionais ora simples pais, de administrarem medicamentos às crianças quando estas não estariam de fato doentes. O raciocínio se estrutura em torno do contraponto entre duas experiências educativas ocorridas no século XIX, a do “garoto selvagem do Aveyron”, na França pós-revolucionária e a de Helen Keller, uma menina de sete anos cega e surda, nos Estados Unidos pós-guerra de secessão. Tal contraponto permite esclarecer o que está em pauta em toda educação que se preze; não uma educação eficaz, como costuma-se sonhar hoje em dia, mas subjetivante, isto é, passível de fazer emergir um sujeito de palavra.
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