Comportamento popular quanto à proliferação do <i>Aedes aegyptii</i> em Montes Claros, MG. Uma abordagem etnográfica
Mots-clés :
Dengue, Campanha de prevenção, Aedes aeyptii,Résumé
Este artigo responde à seguinte questão de pesquisa: Por que - e como - o habitante não se protege do dengue, embora conheça exaustivamente os modos de procriação do mosquito e as técnicas para impedir que isso aconteça? O método consistiu na análise dos anúncios do governo feitos na televisão local, análise do conteúdo das campanhas públicas de informação de proteção contra o dengue e pesquisa qualitativa com a população local para determinar razões e motivos de abandono de medidas conhecidamente protetivas contra o dengue. Confirmou-se a hipótese inicial de que as medidas de proteção formam um conjunto complexo e variável de ações a serem freqüentemente repetidas, tão complexo e tão freqüente que não permite priorizar adequadamente as medidas contra a doença, além disso, isso ocorrendo num universo cheio de outras doenças consideradas mais graves. Embora a Saúde seja uma incumbência constitucional do Estado, faz-se a população de agente de sua própria proteção. Isso é muito ineficiente e altamente incivilizado. A população civil e pobre não serve como agente de proteção contra o dengue.
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