Estetizando a existência
notas sobre a poética de Elise Cowen
DOI:
https://doi.org/10.58943/irl.v1i55.16482Palavras-chave:
Estéticas da existência, Escritas de si, Elise Cowen, Michel Foucault, Crítica literária feministaResumo
Este trabalho é resultado de um diálogo interdisciplinar sobre as possibilidades entre as “estéticas da existência”, propostas pelo filósofo Michel Foucault, e a poética da estadunidense Elise Cowen (1933-1962). Partindo da ideia de que o rótulo de “poesia confessional” não dá conta de algumas poéticas escritas por mulheres no final da década de 1950, nos Estados Unidos, pretendemos perceber práticas que levem à estetização da existência, e não apenas relatos de cenas cotidianas ou confissões deliberadas, como propôs a crítica literária da época. Percebendo que não é por acaso a escolha pela prática da poesia, que exige algum rigor de forma e linguagem, acreditamos que seja uma das escolhas mais interessantes de contra-ataque aos meios de poder modernos, normalizadores na prática literária. Para isso, trabalhamos com crítica literária feminista, como Adrienne Rich (2017) e Gilbert & Gubar (1979), além de críticas feministas foucaultianas, como Margareth Rago (2013), Margaret McLaren (2016), Taylor; Vintges (2006) e Jo Gill (2004), que intersecionam as críticas foucaultiana e literária.
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