Estetizando a existência

notas sobre a poética de Elise Cowen

Autores/as

  • Emanuela Carla Siqueira Bolsista CAPES/Proex. Doutoranda em Estudos Literários – Universidade Federal do Paraná (UFPR). Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes. Departamento de Letras. Programa de Pós- Graduação em Letras. Curitiba, PR, Brasil https://orcid.org/0000-0001-6810-412X
  • Priscila Piazentini Vieira Universidade Federal do Paraná (UFPR). Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes. Departamento de História. Curitiba, PR, Brasil https://orcid.org/0000-0002-5884-8886

DOI:

https://doi.org/10.58943/irl.v1i55.16482

Palabras clave:

Estéticas da existência, Escritas de si, Elise Cowen, Michel Foucault, Crítica literária feminista

Resumen

Este trabalho é resultado de um diálogo interdisciplinar sobre as possibilidades entre as “estéticas da existência”, propostas pelo filósofo Michel Foucault, e a poética da estadunidense Elise Cowen (1933-1962). Partindo da ideia de que o rótulo de “poesia confessional” não dá conta de algumas poéticas escritas por mulheres no final da década de 1950, nos Estados Unidos, pretendemos perceber práticas que levem à estetização da existência, e não apenas relatos de cenas cotidianas ou confissões deliberadas, como propôs a crítica literária da época. Percebendo que não é por acaso a escolha pela prática da poesia, que exige algum rigor de forma e linguagem, acreditamos que seja uma das escolhas mais interessantes de contra-ataque aos meios de poder modernos, normalizadores na prática literária. Para isso, trabalhamos com crítica literária feminista, como Adrienne Rich (2017) e Gilbert & Gubar (1979), além de críticas feministas foucaultianas, como Margareth Rago (2013), Margaret McLaren (2016), Taylor; Vintges (2006) e Jo Gill (2004), que intersecionam as críticas foucaultiana e literária.

Publicado

22/03/2023