A biobibliografia de Júlia Maria da Costa em Lunardi

tanatografia de autoria feminina

Autores

  • Augusto Rodrigues da Silva Junior Universidade de Brasília – UnB – Departamento de Teoria Literária e Literaturas – Brasília, Distrito Federal, Brasil.
  • Sara Gonçalves Rabelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano – IF Goiano – Campos Belos, Goiás, Brasil.

Palavras-chave:

Adriana Lunardi, Biobibliografia, Júlia da Costa, Tanatografia Feminina

Resumo

Em uma sociedade ainda pouco aberta para a literatura de autoria feminina, Júlia Maria da Costa se portou, na segunda metade do século XIX e início do XX, como mulher, escritora e artista. Com relatos de angústias e caminhos autobiográficos e literários, Júlia nos deixou, em poemas e cartas, seus textos, amores e angústias narrados a partir de profundos vínculos palavrais que compõem essa tanatografia vesperal. Quase esquecida, quando abordamos a literatura de autoria feminina, encontramos nela um diálogo com a sociedade patriarcal e opressora: Júlia se coloca ora revolucionária, ora contida em busca da sua expressão artística. Assim, na necessidade de retomar autoras brasileiras e de superar os entraves impostos a essas vozes autorais no cânone, objetivamos rememorar Júlia Maria da Costa de forma dialógica – utilizando o processo tanatográfico e biobibliográfico (BAKHTIN, 2018) na pena de Adriana Lunardi. Em seu livro de contos, Vésperas (2002), muitas mulheres voltam para personificar e habitar esse universo autoral cerceado. Com base nos estudos de Zahidé Muzart (2000; 2001), Beauvoir (1970), Woolf (2019), Gagnebin (2006), dentre outras, delinearemos caminhos e imagens que reconstruam uma busca por liberdade, pela voz e até mesmo pela condição autoral.

Biografia do Autor

Augusto Rodrigues da Silva Junior, Universidade de Brasília – UnB – Departamento de Teoria Literária e Literaturas – Brasília, Distrito Federal, Brasil.

Pós-doutorado em Língua e Literatura Alemã (FFLCH, USP, 2021). Doutor em Literatura Comparada (UFF, 2008). Professor Associado de Literatura Brasileira da Universidade de Brasília. Coordenador da Cátedra Agostinho da Silva.

Sara Gonçalves Rabelo, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano – IF Goiano – Campos Belos, Goiás, Brasil.

Doutora em Estudos Literários (UFU, 2021), Mestra em Filosofia (UFU, 2017). Professora do Instituto Federal Goiano – Campus Campos Belos.

Downloads

Publicado

29/09/2022

Edição

Seção

Literaturas de expressão feminina: ecos do século XIX