A biobibliografia de Júlia Maria da Costa em Lunardi
tanatografia de autoria feminina
Mots-clés :
Adriana Lunardi, Biobibliografia, Júlia da Costa, Tanatografia FemininaRésumé
Em uma sociedade ainda pouco aberta para a literatura de autoria feminina, Júlia Maria da Costa se portou, na segunda metade do século XIX e início do XX, como mulher, escritora e artista. Com relatos de angústias e caminhos autobiográficos e literários, Júlia nos deixou, em poemas e cartas, seus textos, amores e angústias narrados a partir de profundos vínculos palavrais que compõem essa tanatografia vesperal. Quase esquecida, quando abordamos a literatura de autoria feminina, encontramos nela um diálogo com a sociedade patriarcal e opressora: Júlia se coloca ora revolucionária, ora contida em busca da sua expressão artística. Assim, na necessidade de retomar autoras brasileiras e de superar os entraves impostos a essas vozes autorais no cânone, objetivamos rememorar Júlia Maria da Costa de forma dialógica – utilizando o processo tanatográfico e biobibliográfico (BAKHTIN, 2018) na pena de Adriana Lunardi. Em seu livro de contos, Vésperas (2002), muitas mulheres voltam para personificar e habitar esse universo autoral cerceado. Com base nos estudos de Zahidé Muzart (2000; 2001), Beauvoir (1970), Woolf (2019), Gagnebin (2006), dentre outras, delinearemos caminhos e imagens que reconstruam uma busca por liberdade, pela voz e até mesmo pela condição autoral.
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