A (in)justiça em cena
considerações sobre o teatro antiburguês de Manuel Laranjeira
DOI:
https://doi.org/10.58943/irl.v1i56.17717Palavras-chave:
Teatro português, Manuel Laranjeira, Naturalismo, Personagem IsoladaResumo
A propósito de duas peças dramáticas naturalistas de autoria do escritor português Manuel Laranjeira (1877-1912) – Amanhã (1902) e Às feras (1905) –, este artigo articula reflexões sobre os limites entre o teatro naturalista e o teatro moderno propriamente dito, mais intimista. A ideia que norteou a pesquisa é a de que, no teatro, a estética naturalista, com a sua vocação para desvelar as mazelas sociais e as degenerações psíquicas, abriu as sendas da moderna “dramaturgia do eu”, que precisamente contra o naturalismo viria a insurgir-se ainda no final do século XIX, compondo protagonistas introspectivos e autocentrados, os quais, segundo a nossa leitura, são produtos da desumanização provocada pelo modo de vida imposto pelo sistema capitalista de produção e pela sua consolidação pós-revolução burguesa, ao longo do século XIX.
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