Colonialismo e inscrições sociais
trauma e depoimento em A verdade de Chindo Luz, de Joaquim Arena
DOI:
https://doi.org/10.58943/irl.v1i58.18616Palavras-chave:
Trauma, Colonialismo, Depoimento, A verdade de Chindo Luz, Joaquim ArenaResumo
O objetivo deste artigo é discutir as relações entre memória, violência e inscrição social do sujeito no romance A verdade de Chindo Luz, de Joaquim Arena, e, a partir desses pontos, traçar algumas considerações sobre as representações do colonialismo na obra e de suas consequências para um estado de sofrimento psíquico e não pertencimento identitário dos personagens. O romance de Joaquim Arena gira em torno de um grupo de imigrantes caboverdianos em Portugal, mais especificamente focalizado na família Luz, que chega ao país entre 1977 e 1978, únicos pretos do bairro. A estrutura da narrativa assemelha-se a uma história policial, onde, desde o princípio, apresentam-se mistérios que precisam ser solucionados. Entretanto, mais do que os mistérios e sua solução em relação ao inquérito policial, a abordagem pretendida aqui visa discutir o depoimento para além dos aspectos jurídicos, em sua função de elaboração simbólica do trauma. Para isso, pretende-se utilizar como aporte teórico autores como Tzvetan Todorov para discutir as estruturas narrativas e as especificidades do romance de investigação. Além disso, autores como Michele Simondon, Márcio Seligmann- Silva, Sigmund Freud, Vilém Flusser, Cathy Caruth e Walter Benjamin serão utilizados para pensar a relação entre trauma, memória e depoimento em seu aspecto de elaboração simbólica dos eventos extremos e pertencimento identitário.
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