Colonialismo e inscrições sociais

trauma e depoimento em A verdade de Chindo Luz, de Joaquim Arena

Autores/as

  • Daniel Marinho Laks UFSCar – Universidade Federal de São Carlos. Centro de Educação e Ciências Humanas. Departamento de Letras. São Carlos – SP – Brasil
  • Carla Alexandra Ferreira UFSCar – Universidade Federal de São Carlos. Centro de Educação e Ciências Humanas. Departamento de Letras. São Carlos – SP – Brasil https://orcid.org/0000-0002-2706-5766

DOI:

https://doi.org/10.58943/irl.v1i58.18616

Palabras clave:

Trauma, Colonialismo, Depoimento, A verdade de Chindo Luz, Joaquim Arena

Resumen

O objetivo deste artigo é discutir as relações entre memória, violência e inscrição social do sujeito no romance A verdade de Chindo Luz, de Joaquim Arena, e, a partir desses pontos, traçar algumas considerações sobre as representações do colonialismo na obra e de suas consequências para um estado de sofrimento psíquico e não pertencimento identitário dos personagens. O romance de Joaquim Arena gira em torno de um grupo de imigrantes caboverdianos em Portugal, mais especificamente focalizado na família Luz, que chega ao país entre 1977 e 1978, únicos pretos do bairro. A estrutura da narrativa assemelha-se a uma história policial, onde, desde o princípio, apresentam-se mistérios que precisam ser solucionados. Entretanto, mais do que os mistérios e sua solução em relação ao inquérito policial, a abordagem pretendida aqui visa discutir o depoimento para além dos aspectos jurídicos, em sua função de elaboração simbólica do trauma. Para isso, pretende-se utilizar como aporte teórico autores como Tzvetan Todorov para discutir as estruturas narrativas e as especificidades do romance de investigação. Além disso, autores como Michele Simondon, Márcio Seligmann- Silva, Sigmund Freud, Vilém Flusser, Cathy Caruth e Walter Benjamin serão utilizados para pensar a relação entre trauma, memória e depoimento em seu aspecto de elaboração simbólica dos eventos extremos e pertencimento identitário.

Biografía del autor/a

Daniel Marinho Laks, UFSCar – Universidade Federal de São Carlos. Centro de Educação e Ciências Humanas. Departamento de Letras. São Carlos – SP – Brasil

É professor adjunto 1 A da Universidade Federal de São Carlos. Possui doutorado pelo programa Literatura, Cultura e Contemporaneidade da PUC-Rio com período sanduíche de 12 meses na Universidade de Coimbra. Possui mestrado em Letras pela mesma instituição.

Carla Alexandra Ferreira, UFSCar – Universidade Federal de São Carlos. Centro de Educação e Ciências Humanas. Departamento de Letras. São Carlos – SP – Brasil

Atua como Professor Associado na UFSCar - Universidade Federal de São Carlos, na área de Lingua Inglesa e suas Literaturas, no curso de Letras e docente permanente do Programa de Pós-graduação em Estudos de Literatura - PPGLit - UFSCar. No anos de 2018 a 2019, realizou estágio pós-doutoral na University of South Carolina - EUA. Foi também Professor Visitante na University of Iowa, Iowa City, IA, EUA, em 2014, com bolsa Capes e Fulbright. Com graduação pela UNESP (1990) e Mestrado e Doutorado em Estudos Linguísticos e Literários em Inglês pela USP (1996, 2003), concentra seus estudos na área de Literaturas Estrangeiras Modernas, principalmente com os temas: John Updike, crítica materialista, Fredric Jameson e leitura política e estudos da cultura, estudos de gênero (autoras inglesas oitocentistas). Atualmente desenvolve pesquisa em Literatura e cinema, com enfase na investigação das adaptações feitas da obra de Jane Austen. Lidera o Grupo de Pesquisa, Diálogos Literários e integra o grupo de pesquisa de estudos oitocentistas na USP, concentrando-se na escrita de autoria feminina.

Publicado

19/03/2024