A DESIDEALIZAÇÃO DA PERSONAGEM ROM NTICA FEMININA EM CAMILO CASTELO BRANCO E JOSÉ DE ALENCAR
DOI:
https://doi.org/10.58943/irl.v1i59.19627Palavras-chave:
Camilo Castelo Branco, José de Alencar, Desidealização, Personagem RomânticaResumo
O presente trabalho tem como objetivo apresentar pontos de contato entre as obras A neta do arcediago, publicada por Camilo Castelo Branco em 1860 e Lucíola, publicada por José de Alencar em 1862, verificando o modo de construção de personagens femininas fortes e fora do padrão do romantismo e da sociedade do século XIX. Liberata, de Camilo Castelo Branco e Lúcia, de José de Alencar, são apresentadas como prostitutas ambientadas respectivamente em Lisboa e no Rio de Janeiro. Ambas vão contra a idealização romântica do feminino, sendo descritas como donas de suas vontades e, apesar da marginalização sofrida pela posição social, estabelecendo os próprios princípios e moral de vida. Para tal leitura comparativa, tomamos como embasamento teórico: a) estudos sobre literatura comparada, como A literatura comparada, de Tânia Carvalhal (2006); b) textos críticos sobre os autores e seus lugares na história literária de Brasil e Portugal, a partir da História concisa da literatura brasileira, de Alfredo Bosi (2006) e da História da literatura portuguesa, de António Saraiva e Óscar Lopes (1982); c) leituras que nos permitem refletir sobre a construção das personagens femininas, como A personagem do romance, de Antonio Candido (2007) e O segundo sexo, de Simone de Beauvoir (2012).
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