Autotradução ou literatura vernácula? Um estudo comparativo da obra de Yone Noguchi, Akira Mizubayashi e Yoko Tawada

Autores

  • Philippe Humblé VUB – Vrije Universiteit Brussel. Departamento de Linguística Aplicada. 1050 Bruxelas – Bélgica.
  • Arvi Sepp VUB – Vrije Universiteit Brussel. Departamento de Linguística Aplicada. 1050 Bruxelas. Universiteit Antwerpen. Antuérpia – Bélgica.

Palavras-chave:

Tradução literária, Autotradução, Literatura nikkei,

Resumo

A literatura escrita por migrantes pertence a uma classe particular, porque a língua materna desses autores é sempre outra que a língua na qual eles escrevem. Daí, surge a pergunta: trata-se de uma tradução feita pelo próprio autor, ou é simplesmente um texto escrito em língua estrangeira por um estrangeiro? Neste estudo, pesquisamse as obras de três autores japoneses que publicaram livros, cada um em uma língua diferente. Essas obras são analisadas com o intuito de avaliar em que medida esses autores mantêm rastros da língua materna a ponto de criar uma língua “mista”, “creolizada” que reflita uma nova identidade. Em outras palavras, trata-se de responder à pergunta se eles mesmos se traduziram, ou se escreveram simplesmente em outra língua, o que significaria que eles mantiveram sua identidade de japoneses. Chega-se à conclusão de que as atitudes dos autores são diferentes ao enfrentarem a cultura estrangeira e sua língua, embora a temática e a adaptação à cultura estrangeira sejam muito parecidas. Conclui-se que a maneira de se autotraduzir e a maneira de lidar com a língua do “outro” dependem, claro, da personalidade do autor, mas também do tipo de sociedade receptora e do momento histórico.

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Seção

Tradução literária