Eça de Queirós, a China e o Brasil

Autores

  • Helder Garmes USP − Universidade de São Paulo − Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas − Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas − São Paulo – SP
  • José Carvalho Vanzelli USP − Universidade de São Paulo − Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas − Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas − São Paulo – SP

Palavras-chave:

Capitalismo, China, Chineses e japoneses, Eça de Queirós, Orientalismo,

Resumo

A partir de textos que Eça de Queirós escreveu para a Gazeta de Notícias do Brasil, analisaremos como o eurocentrismo é relativizado por Eça, desfazendo, por meio da ironia, a estereotipada oposição entre Ocidente e Oriente. Ao tratar de Portugal, Brasil, China e, sobretudo, das relações entre a mão-de-obra chinesa e as conquistas dos trabalhadores na Europa e nos Estados Unidos da América, veremos que sua análise vai muito além do contexto desses países, revelando um entendimento econômico e uma consciência política que contempla toda a ordem capitalista de seu tempo.

Biografia do Autor

Helder Garmes, USP − Universidade de São Paulo − Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas − Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas − São Paulo – SP

Possui graduação em Linguística e em Letras pela Universidade Estadual de Campinas (1983, 1985), mestrado em Teoria e História Literária pela mesma universidade (1993), doutorado em Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa pela Universidade de São Paulo (1999), tendo realizado estágios pós-doutorais na École des Hautes Études en Sciences Sociales (2005), em Paris, e no College of Humanities da Ohio State University (2009), em Columbus. Atualmente é professor livre-docente da Universidade de São Paulo, atuando especialmente nas áreas de literatura portuguesa, estudos comparados de literaturas de língua portuguesa e história da literatura. Tem por foco dois núcleos de pesquisa: um voltado para a obra de Eça de Queirós; outro voltado para a literatura de língua portuguesa de Goa e de outras ex-colônias portuguesas na Ásia. No momento, coordena o projeto Temático Pensando Goa: Uma Peculiar Biblioteca de Língua Portuguesa (FAPESP - Proc. 2014/15657-8). É autor do livro Romantismo Paulista (2006), organizador do volume Oriente, Engenho e Arte (2004), co-organizador de Literatura Portuguesa: História, Memória e Perspectivas (2007), de um número especial da revista Via Atlântica (2011) sobre literatura e cultura em Goa, entre outros trabalhos.

José Carvalho Vanzelli, USP − Universidade de São Paulo − Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas − Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas − São Paulo – SP

Possui mestrado em Letras (área de Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa) pela Universidade de São Paulo (2013) com a dissertação Eça de Queirós e o Extremo Oriente. É graduado em Letras (Português-Japonês) pela mesma instituição (2009). Ex-professor do Departamento de Estudos Brasileiros da Hankuk University of Foreign Studies (HUFS), Coreia do Sul. Atualmente é Doutorando (área de Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa) pela Universidade de São Paulo da USP e participa do Grupo Eça, do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da USP.

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Publicado

17/01/2018

Edição

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Varia