Quiçá cético: Borges e a estética do assombro

Autores

  • Gustavo Ponciano Cunha de Oliveira UFG ‒ Universidade Federal de Goiás ‒ Faculdade de Letras ‒ Departamento de Estudos Literários ‒ Goiânia ‒ GO

Palavras-chave:

Borges, Ceticismo, Epokhé, Fato estético, Taraxía,

Resumo

Este artigo tem como proposta apresentar o ceticismo de finalidades estéticas próprio ao autor portenho Jorge Luis Borges (1899-1986). A citação que motiva a primeira seção do estudo é retirada do epílogo de Otras inquisiciones (1952), na qual Borges atribui sua abordagem estética de textos filosóficos e religiosos, quiçá, a um ceticismo essencial. A leitura do ensaio “La muralla y los libros” revela-se fundamental ao permitir a comparação do fato estético, segundo Borges, com a suspensão cética do juízo (epokhé). Conclui-se que, diferentemente dos céticos pirrônicos, Borges não empreende, em sua aplicação estética da suspensão do juízo, uma busca pela tranquilidade (ataraxía), mas a manutenção do assombro (taraxía).

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Publicado

21/05/2018

Edição

Seção

Letras clássicas: tradução e recepção