Maryse Condé e Tituba Indien: feiticeiras do imaginário

Autores

  • Irene de Paula UFF – Universidade Federal Fluminense. Instituto de Letras – Departamento de Letras Estrangeiras Modernas. Niterói – RJ – Brasil.

Palavras-chave:

Identidade, Alteridade, Realismo mágico, Feiticeira, Estereótipo,

Resumo

O presente artigo tem como objetivo fazer uma análise da obra Eu, Tituba, feiticeira negra de Salem, da autora de língua francesa Maryse Condé. Trata-se de pensar como a força sobrenatural/magia, sobretudo através figura da feiticeira, transgressora e questionadora dos mecanismos de poder (presente no realismo mágico) e a dramatização do “eu” pela escrita (presente nesta “autoficção póstuma”) contribuiriam para perturbar e desestabilizar – enquanto centralidade – a identidade socialmente imposta da narradora, construída a partir de representações estereotipadas (escrava, negra, mulher, feiticeira, etc..), para dar voz ao sujeito-narrador a partir de novas e inusitadas elaborações subjetivas e identitárias.

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Publicado

13/04/2017

Edição

Seção

Identidades: o eu e o outro na literatura