A escrita de autoria feminina publicada pela Livraria Leite Ribeiro

Júlia Lopes de Almeida e Chrysanthème

Autores

  • Gabriele Maris Pereira Fenerick Doutoranda em Estudos Literários. Universidade Federal do Paraná (UFPR). Departamento de Literatura e Linguística. Programa de Pós-Graduação em Letras. Curitiba, PR, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.58943/irl.v1i55.16536

Palavras-chave:

Livraria Leite Ribeiro, Júlia Lopes de Almeida, Chrysanthème

Resumo

Este estudo parte da análise de duas obras literárias publicadas pela Livraria Leite Ribeiro na década de 1920: A isca, de Júlia Lopes de Almeida, e Mãe, de Chrysanthème, pseudônimo utilizado por Cecília Bandeira de Melo Rebelo de Vasconcelos. Como objetivo principal pretende-se apresentar parte da escrita de autoria feminina publicada pela Livraria Leite Ribeiro no início do século XX. Como referencial foram utilizadas as pesquisas de Hallewell (2017), Velloso (2010) e Castro (2019), além do acervo disposto pela Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional do Brasil. Em conclusão, foi possível constatar que ambas as escritoras discutem, nessas obras, temas relacionados ao cotidiano da mulher moderna, mas de maneiras distintas. Júlia promove uma reflexão acerca de questões relacionadas ao cotidiano da mulher e seu papel no cenário familiar, enquanto Chrysanthème parece revelar de forma mais ostensiva problemas não apenas culturais, mas políticos e sociais que interferem na liberdade de escolha da mulher. Desse modo, o fato de a Livraria Leite Ribeiro não se pautar estritamente na produção de livros de autoria feminina, uma vez que a maioria dos livros publicados pela editora são de autoria masculina, não exclui a possibilidade de haver uma linha editorial inerente às obras de autoria feminina publicadas pela editora durante o período investigado, uma vez que ambas tratam de temas relacionados ao mesmo universo.

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Publicado

22/03/2023