O efeito das listas no Papagaio de Flaubert de Julian Barnes

realidades materiais em decesso

Autores

  • Luiz Fernando Ferreira Sá UFMG - FALE

Palavras-chave:

Listas, Papagaio de Flaubert, Teoria da coisa, Julian Barnes, Realidades materiais

Resumo

As listas de Julian Barnes, nos quinze capítulos que compõem o Papagaio de Flaubert, atraem não apenas outros personagens fictícios para examiná-las e para ver o que significam, mas também estudiosos da literatura. Os críticos atraídos para investigar o significado dessa técnica antiga (a lista é tão antiga quanto as grandes epopeias da antiguidade) discutem a constelação de coisas, objetos e assuntos atraídos por ela. Eu argumento que no Papagaio de Flaubert existem tantas listas porque a palavra mata a coisa, mas não a aniquila completamente. O romance está enterrado na (inter) textualidade e coberto por palavras em acumulações e enumerações porque a coisa/cena inteira é uma assombração interminável, uma sobrevida inescapável e uma incognoscibilidade inexorável do mundo.

Biografia do Autor

Luiz Fernando Ferreira Sá, UFMG - FALE

Doutorado em Estudos Literários pela FALE - UFMG e Pós-doutorado na PUC-MINAS e Universidade de Londres. Atuo nas áreas de Literaturas em Inglês e Literatura Comparada. Sou Professor Adjunto de Literatura na FALE-UFMG

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Publicado

30/03/2022

Edição

Seção

Literaturas pós-coloniais e formas do contemporâneo