À procura da beleza

o exílio de António Botto

Autores/as

  • Maria Lúcia Outeiro Fernandes Professora Associada Livre-Docente do Departamento de Linguística, Literatura e Letras Clássicas (DLLLC) da Universidade Estadual Paulista (UNESP), Araraquara, São Paulo, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.58943/irl.v1i58.19066

Palabras clave:

António Botto, Exílio, Esteticismo, Homoerotismo, Poesia lírica portuguesa

Resumen

O esteticismo bottiano, sobejamente enfatizado por dois dos críticos mais empenhados em apontar as qualidades de sua poesia, Fernando Pessoa e José Régio constitui um dos aspectos mais relevantes do seu lirismo e decorre do anseio de criar beleza por meio da arte. À essa busca incessante pela beleza corresponde uma constante experiência do exílio. O propósito desta apresentação é ressaltar pelo menos três sentidos diferentes tanto para o termo “beleza”, quanto para o termo “exílio”, invocados no título. Ambos podem ser lidos num sentido mais abstrato de um ideal de vida, que paira acima das agruras do mundo real. Ambos podem ser relacionados com o trabalho do poeta, em busca de uma linguagem singular, que expresse efetivamente sua identidade lírica, sua visão de mundo e que identifique esteticamente a sua obra. E ambos podem se relacionar à procura de um espaço efetivo no qual um ser humano busca encontrar as condições necessárias para uma vida digna, mesmo longe de seu país de origem. Todas essas conotações serão entrelaçadas neste texto.

Publicado

19/03/2024