Mulheres e lutas em três romances de Carmen de Figueiredo

Autores/as

  • Aldinida Medeiros UEPB – Universidade Estadual da Paraíba. Centro de Humanidades – Departamento de Letras – PPGLI - Programa de Pós-Graduação em Literatura e Interculturalidade – Campina Grande – PB – Brasil

DOI:

https://doi.org/10.58943/irl.v1i59.19630

Palabras clave:

Questões de Gênero, Condição da mulher, Carmen de Figueiredo, Representações femininas, Romance neorrealista

Resumen

Este artigo é um estudo breve sobre três romances de Carmen de Figueiredo: Famintos (1950), Vinte anos de manicômio (1951) e Uma vida de mulher (1950). O intento é mostrar que a autora, a qual teve dois romances censurados pela PIDE, trazia em seus enredos questões relacionadas à sexualidade da mulher que dialogavam com a liberdade e igualdade de direitos almejadas nas lides feministas. Justificamos nossa escolha do corpus por acreditarmos que Carmen de Figueiredo ultrapassava os aspetos e caraterísticas da estética Neorrealista ao elaborar perfis femininos que rompiam com os mais típicos da época. A sexualidade feminina, a mulher frente às dificuldades de inserção no mercado de trabalho, o comodismo autoritário dos homens sobrepondo-se sempre ao prazer feminino são alguns dos temas de suas obras. A romancista não apenas se inscreveu como uma autora que dialogou intelectualmente com as reivindicações e pautas dos grupos feministas, como conseguiu, também, fazer seus romances circularem e suscitarem alguns debates. A pesquisa ora apresentada utiliza, para respaldo teórico e crítico, Gayatri Spivak (2010), Antônio de Pádua Dias Silva (2011), Manuela Tavares (2011), Ana Bárbara Pedrosa (2022), Ana Flávia Oliveira, dentre outros.

Publicado

05/12/2024