Adolfo Bioy Casares e a amizade

Autores/as

  • Karla Fernandes Cipreste UFU – Universidade Federal de Uberlândia. Instituto de Letras e Linguística – Núcleo de Línguas e Literaturas Estrangeiras. Uberlândia – MG – Brasil. 38408-100

Palabras clave:

Imunização, Amizade, Riso, Autodeterminação,

Resumen

O presente artigo analisa a amizade entre dois personagens da obra Dormir al sol, do escritor argentino Adolfo Bioy Casares, como uma proposta ética e estética de resistência a estratégias de normalização de condutas calculadas para impedir vínculos comunitários. Propõe-se a relação entre um disciplinado relojoeiro e um pícaro vendedor clandestino de jogos de azar como uma jornada de aprendizagem pela qual se conquistam a capacidade de autodeterminação e o direito a uma vida em comum, na qual diferenças e conflitos são considerados como partes imprescindíveis na construção do respeito mútuo. Pretende-se, então, analisar a presença do pícaro como um recurso estético do riso e da irreverência que resiste aos instrumentos que controlam o imaginário popular e o convívio nas microesferas por meio da normalização de condutas e da imunização das relações comunitárias. No centenário de nascimento de Casares, interessa-nos destacar a importância que esse grande escritor reconhecia na amizade, o que nos leva a considerar seu epíteto de “melhor amigo do Borges” não como uma sombra, mas como uma merecida homenagem.

Publicado

01/03/2016

Número

Sección

Literaturas de língua espanhola