O poeta como leitor de sua obra: a recepção de Ovídio nos Tristia

Autores/as

Palabras clave:

Autorrecepção, Metapoesia, Ovídio, Tristia,

Resumen

Este artigo investiga a recepção das Metamorphoses, da Ars amatoria e dos Tristia por Ovídio, que assume uma posição de leitor das próprias obras em passagens metaliterárias dos Tristia. Nessa primeira coletânea de elegias de exílio, o eu-poético, ao comentar seus versos, adota dois tipos distintos de recepção de suas obras: ora considera o texto poético como verdade e realiza leituras “biografistas”, ora assinala seu caráter ficcional e propõe uma distinção entre vida e poesia. Diante disso, demonstraremos como, ao propor e efetuar diferentes tipos de interpretação literária, o eu-poético na verdade empreende ricas discussões acerca do fazer poético e da recepção de um texto.

Biografía del autor/a

Júlia Batista Castilho de Avellar, Universidade Federal de Minas Gerais

Doutoranda em Literaturas Clássicas e Medievais no Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários da Faculdade de Letras da UFMG. Bolsista CAPES. Orientador: Prof. Dr. Matheus Trevizam.

Publicado

21/05/2018

Número

Sección

Letras clássicas: tradução e recepção