Quem me narra?
Breve investigação sobre Louise e Ana nos contos de Kate Chopin e Clarice Lispector
Mots-clés :
Clarice Lispector, Conto, Escritura feminina, Kate ChopinNarradorRésumé
“A história de uma hora” (1894), de Kate Chopin, e “Amor” (1950), de Clarice Lispector, integram a tradição da escritura feminina que tira proveito do formato conto para explorar a temática da (in)felicidade doméstica e conjugal. Ambos os contos narram em terceira pessoa as experiências de um solitário arrebatamento na vida de suas protagonistas, respectivamente, Louise e Ana. Partindo do modelo de separação de autor, autor implícito e narrador de Wayne C. Booth e das reflexões de Gérard Genette sobre essas instâncias narrativas, entende-se que não são as autoras que estão narrando as vivências íntimas dessas personagens, mas uma voz criada por elas. Quem detém o privilégio dessa voz? Com base em parte da vasta fortuna crítica das autoras, examinase a hipótese de que a identidade de quem desempenha a função narrativa nos contos varia conforme a interpretação que fazemos das histórias e de suas personagens.
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