De negro caribenho a homem do Novo Mundo
o percurso identitário de Dany Laferrière
Palavras-chave:
Dany Laferrière, Je suis fatigué, Identidade, Negro e Mulato, Novo MundoResumo
Este artigo tem por objetivo examinar o processo identitário em Je suis Fatigué (2005), do escritor Dany Laferrière, que se articula a partir de um enclave georracial (o Caribe) até alcançar um espaço imaginário que supera essa categorização e que se pretende não racializado, isto é, um espaço universal sem cor e sem uma geografia fixa. Nessa obra, o narrador-personagem reflete sobre o significado da palavra Nègre (Negro), que é polissêmica na língua francesa. Mulato e Negro representam o conflito racial no Haiti, enquanto o Negro e Branco representam os dois polos em luta contínua fora da ilha (FANON, 2008). Assim, para alcançar o nosso objetivo, realizamos uma pesquisa bibliográfica para fundamentar a nossa análise a partir de « Je suis un individu » : le projet d’individualité dans l’oeuvre romanesque de Dany Laferrière (2011) de Jimmy Thibeault, e Littérature negro-africaine d’amérique : mythe ou réalité (1983) de Anthony Phelps. Concluímos que o autor se autodenomina Un homme du Nouveau Monde (Um homem do Novo Mundo) sem marca migratória de origem, de raça e de nacionalidade.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Os manuscritos aceitos e publicados são de propriedade da revista Itinerários. É vedada a submissão integral ou parcial do manuscrito a qualquer outro periódico. A responsabilidade do conteúdo dos artigos é exclusiva dos autores. É vedada a tradução para outro idioma sem a autorização escrita do Editor ouvida a Comissão Editorial.