De negro caribenho a homem do Novo Mundo

o percurso identitário de Dany Laferrière

Autores

Palavras-chave:

Dany Laferrière, Je suis fatigué, Identidade, Negro e Mulato, Novo Mundo

Resumo

Este artigo tem por objetivo examinar o processo identitário em Je suis Fatigué (2005), do escritor Dany Laferrière, que se articula a partir de um enclave georracial (o Caribe) até alcançar um espaço imaginário que supera essa categorização e que se pretende não racializado, isto é, um espaço universal sem cor e sem uma geografia fixa. Nessa obra, o narrador-personagem reflete sobre o significado da palavra Nègre (Negro), que é polissêmica na língua francesa. Mulato e Negro representam o conflito racial no Haiti, enquanto o Negro e Branco representam os dois polos em luta contínua fora da ilha (FANON, 2008). Assim, para alcançar o nosso objetivo, realizamos uma pesquisa bibliográfica para fundamentar a nossa análise a partir de « Je suis un individu » : le projet d’individualité dans l’oeuvre romanesque de Dany Laferrière (2011) de Jimmy Thibeault, e Littérature negro-africaine d’amérique : mythe ou réalité (1983) de Anthony Phelps. Concluímos que o autor se autodenomina Un homme du Nouveau Monde (Um homem do Novo Mundo) sem marca migratória de origem, de raça e de nacionalidade.

Biografia do Autor

Christopher Rive St Vil, Universidade Federal de Pelotas – UFPEL – Centro de Letras e Comunicação – Pelotas – Rio Grande do Sul – Brasil

Acadêmico em Letras Português e Francês

Uruguay Cortazzo González, Universidade Federal de Pelotas – UFPEL – Centro de Letras e Comunicação – Pelotas – Rio Grande do Sul – Brasil

Possui graduação em Profesor de Español y Literaturas pelo Instituto de Estudios Superiores (1977), mestrado em Letras pela Universidade Católica de Pelotas (2006) e doutorado em Letras - Roskilde University (1983) reconhecido em 2012 pela USP. Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal de Pelotas. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literaturas Estrangeiras Modernas, atuando principalmente nos seguintes temas: literatura uruguaia, teoria literária, literatura e gênero, gênero e literatura e literatura hispanoamericana, literaturas indígenas, literatura negra e racismo e literatura.

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Publicado

28/10/2021

Edição

Seção

Literaturas pós-coloniais e formas do contemporâneo