A (re)criação do idioleto manoelês

Autores/as

  • Tania Regina Vieira
  • Ofir Bergemann de Aguiar

Palabras clave:

Manoel de Barros, Tradução poética, Recepção, Inovação lingüística

Resumen

Este artigo tem por objetivo examinar dois poemas de Manoel de Barros, extraídos de O livro das ignorãças, a obra do poeta que mais atraiu traduções. A análise levará em consideração o texto em português e também suas traduções, pois acreditamos, como René Etiemble e Ezra Pound, que o estudo das traduções ou o ato de traduzir constituem as melhores formas de se conhecer bem o trabalho de um autor. Primeiramente apresentaremos o poema VII de Didática de uma invenção, traduzido para o espanhol por Jorge Larrosa e para o francês por Celso Libânio. Trata-se de fragmento metapoético, em que se percebe a busca pelo verbo adâmico. Em seguida, abordaremos o poema I de Mundo pequeno, traduzido para o francês por Celso Libânio e para o inglês por João Rache. Nesse fragmento, o Pantanal aparece como tema gerador da poética barrosiana, caracterizada por inovações lingüísticas. As modalidades tradutórias de Francis Aubert apoiarão nosso estudo, assim como as refl exões de André Lefevere sobre os efeitos retóricos propiciados pelos recursos empregados por autores e seus tradutores. Palavras-chave: Manoel de Barros. Tradução poética. Recepção. Inovação lingüística.

Publicado

17/07/2009

Número

Sección

Artigos