Cultura hacker como atividade dotada de sentido:

análise à luz da psicodinâmica do trabalho

Autores

DOI:

https://doi.org/10.32760/1984-1736/REDD/2024.v16i2.19283

Palavras-chave:

hacker de computador, trabalho, sentido, psicodinâmica do trabalho

Resumo

Os hackers compõem um grupo heterogêneo de pessoas que possuem como denominador comum o “fazer hacker”, ou cultura hacker, cujos princípios baseiam-se na subversividade e na transgressão, a fim de solucionar problemas de maneira criativa. Pensando nas transgressões motivadas pela satisfação do “fazer hacker”, este artigo tem como objetivo analisar como a cultura hacker implica em uma atividade dotada de sentido. Para isso, realiza-se uma revisão de literatura integrativa acerca do tema, articulada às contribuições teóricas da Psicodinâmica do Trabalho. Como resultado destaca-se que o trabalho hacker pauta-se por um fazer que apresenta adaptações e estratégias, permeado por constantes tentativas e fracassos. Tais experiências de sofrimento, no entanto, são responsáveis por criar condições para a busca de soluções, possibilitando alcançar objetivos avançados e, consequentemente, a transformação dessa atividade de trabalho em prazer.

Biografia do Autor

Amanda Cristina Doimo, Faculdade de Ciências Aplicadas/Unicamp

Mestra em Ciências Humanas e Sociais Aplicadas pela UNICAMP - FCA (2016-2019), com graduação em Relações Públicas pela UNESP (2010-2014). Desenvolveu projeto de iniciação científica, como bolsista da FAPESP durante o período de janeiro a dezembro de 2013 e completou dois Estágios de Docência da UNICAMP (PED) em 2017 e em 2018.

Flavia Traldi de Lima, Universidade Presbiteriana Mackenzie

Graduação em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais PUC MINAS, Mestrado no Programa Interdisciplinar em Ciências Humanas e Sociais Aplicadas pela Universidade Estadual de Campinas (FCA/UNICAMP) na linha de pesquisa Sustentabilidade e Proteção Social. Doutora pela Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (FE/UNICAMP) na linha de pesquisa Educação e Trabalho. Pesquisadora associada no Laboratório de Ergonomia, Saúde e Trabalho (ERGOLAB) na FCA/UNICAMP e no Núcleo de Estudos Trabalho, Saúde e Subjetividade (NETSS) na FE/UNICAMP. Foi coordenadora de Graduação e Docente do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera de Rio Claro/SP. Atualmente é professora colaboradora na Universidade Estadual de Campinas no Mestrado Interdisciplinar em Ciências Humanas e Sociais Aplicadas (ICHSA/UNICAMP), Docente no curso de Psicologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie/SP e Coordenadora da Pós-Graduação Lato Sensu em Psicologia Organizacional e do Trabalho da mesma universidade. Tem interesse e exerce atividades nas áreas de Psicologia Organizacional e do Trabalho e Orientação Profissional e de Carreira.

Sandra Francisca Bezerra Gemma, Faculdade de Ciências Aplicadas/Unicamp

Livre Docente em Ergonomia, Saúde e Trabalho pela FCA Unicamp (2021), especialista em Ergonomia pela Engenharia de Produção da Escola Politécnica da USP (2001), com Doutorado (2008) e Mestrado (2004) em Engenharia Agrícola na temática de Ergonomia pela Universidade Estadual de Campinas. Tem experiência na área de Ergonomia, principalmente em Ergonomia da Atividade/AET (Análise Ergonômica do Trabalho); Saúde e Trabalho; Laboratório de Mudança e Teoria da Complexidade. É Professora Associada I (MS 5.1) da Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp, onde trabalha desde 2009 na área de engenharia, ministrando as disciplinas de Ergonomia, Saúde, Trabalho, tendo atuado também na temática da gestão sustentável. Exerce desde 2018 a Coordenação de Graduação da FCA, que envolve as atividades dos 6 cursos de graduação: Nutrição; Ciências do Esporte; Engenharia de Produção; Engenharia de Manufatura; Administração e Administração Pública. Na pós-graduação é professora plena e vice-coordenadora do ICHSA - Curso de Mestrado Interdisciplinar em Ciências Humanas e Sociais Aplicadas da FCA-Unicamp realizando orientação de pesquisas na temática da Ergonomia inseridas na linha de pesquisa Sustentabilidade e Proteção Social.

Gustavo Tank Bergström, Faculdade de Ciências Aplicadas/Unicamp

Mestre pelo programa interdisciplinar em Ciências Humanas e Sociais Aplicadas na FCA/UNICAMP. Pós-graduado em Economia do Trabalho e Sindicalismo pelo IE/UNICAMP e em Direito e Processo do Trabalho pelo Instituto Damásio. Graduado em Direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Professor de Direito e Processo do Trabalho na Universidade São Francisco (USF)

Lais Silveira Fraga, Faculdade de Ciências Aplicadas/Unicamp

Professora da Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA) da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Graduada em Engenharia de Alimentos (2003), mestre (2007) e doutora (2012) em Política Científica e Tecnológica pela UNICAMP. Professora no Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas e Sociais Aplicadas e do Programa de Pós-Graduação em Divulgação Científica e Cultural. Atua na extensão através na Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares (ITCP/Unicamp) desde 2004, da qual é coordenadora. Atua nos temas: estudos sociais da ciência e da tecnologia; tecnologia e desigualdades; tecnologia e diversidade; e extensão universitária.

Downloads

Publicado

10/01/2025