As especificidades amazônicas como alternativa às inovações capitalistas sobre a agricultura

Autores

  • Voyner Ravena-Cañete Antropóloga. Universidade Federal do Pará (Ufp), Belém – PA – Brasil.
  • Thales Maximiliano Ravena-Cañete Universidade da Amazônia (Unama), Belém – PA – Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.32760/1984-1736/REDD/2017.v9i1.6960

Palavras-chave:

Capacidade de suporte, Apropriacionismo e Substitucionismo, Campesinato amazônico, Produção agrícola,

Resumo

Este artigo tem por objetivo refletir sobre algumas questões que envolveram as alternativas construídas na superação das limitações que caracterizaram a busca da obtenção de alimento pela humanidade, especialmente pela sociedade capitalista, e de que forma a Amazônia se insere nesse contexto. Para tanto, este trabalho divide-se em cinco partes: a) teorias sobre a capacidade de suporte (Malthus e Ester Boserup); b) apropriacionismo e substitucionismo como movimentos do capital industrial sobre a agricultura; c) organização social como condicionante na produção e relações agrárias; d) os resultados perversos das inovações capitalistas sobre a agricultura; e) a Amazônia diante dos novos impasses da produção agrícola. Esta última seção descreve o avanço da fronteira sobre a Amazônia e os desdobramentos inerentes a esse processo no cenário rural da região, marcada por uma lógica de interface entre campo e cidade. Conclui-se que as práticas do campesinato amazônico podem ser entendidas como uma alternativa aos processos descritos no artigo, diante dos impasses da produção agrícola.

Biografia do Autor

Voyner Ravena-Cañete, Antropóloga. Universidade Federal do Pará (Ufp), Belém – PA – Brasil.

Possui graduação em Bacharelado em História pela Universidade Federal do Pará (1991), mestrado em Antropologia pela Universidade Federal do Pará (2000) e doutorado em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido pela Universidade Federal do Pará (2005). Atualmente é professor adjunto II da Universidade Federal do Pará. Tem experiência na área de Antropologia, com ênfase em Antropologia rural, atuando principalmente nos seguintes temas: memória, meio ambiente, reciprocidade e parentesco. Discutindo temas voltados às populações tradicionais e conflitos socioambientais. Trabalha especificamente com campesinato, populações pescadoras e parentesco. Tem experiência com contextos urbanos, especialmente na interface rural/urbano.

Thales Maximiliano Ravena-Cañete, Universidade da Amazônia (Unama), Belém – PA – Brasil.

Possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Pará (2009) e graduação em Direito pela Universidade da Amazônia (2013). Mestre em Direito, linha de pesquisa Direitos Humanos e Meio Ambiente pelo Programa de Pós-Graduação em Direito da UFPA. Atualmente é doutorando do Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia da UFPA. Tem experiência na área de Direito Socioambiental e Antropologia, atuando principalmente nos seguintes temas: diversidade sócio-ambiental, população tradicional, direito socioambiental e rio purus

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Publicado

20/01/2017

Edição

Seção

Artigos