“Aqui é o lugar do progresso”: produzindo roupas e significados na disputa pela modernidade das confecções do Agreste
DOI:
https://doi.org/10.32760/1984-1736/REDD/2012.v5i1.4313Palavras-chave:
Trabalho familiar, Mercado, Confecção, Nordeste,Resumo
O presente trabalho pretende discutir algumas questões referentes às novas dinâmicas de transformação do trabalho e da economia no agreste pernambucano. A pesquisa apresentada trata do chamado “Polo de Confecções do Agreste Pernambucano”, uma região que está se destacando no cenário nacional por apresentar taxas bastante elevadas de crescimento baseado, sobretudo na produção doméstica familiar de roupas. Procuramos refletir sobre a configuração sócio-produtiva a partir das estratégias econômicas, valores e expectativas de dois grupos distintos que se encontram imersos no arranjo produtivo do semiárido pernambucano: os pequenos produtores familiares das confecções oriundos do mundo rural de um lado e, do outro, aqueles que constituem a elite econômica das confecções, os “filhos da terra”, cuja identidade é com a própria cidade de Santa Cruz e com a prática comercial. A partir da década de 1990 alguns atores, tais como o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) junto à associação dos grandes empresários locais oriundos da produção de confecções vêm investindo em mecanismos de “modernização” desta economia familiar, apresentando narrativas a favor da organização do mercado local, através da “modernização” do processo produtivo e da formalização das unidades doméstica visando a “racionalidade da busca do lucro” e o aumento da competitividade. Abordaremos aqui os contatos e conflitos entre estas duas experiências econômicas, quais sejam, aquela típica da produção familiar e a outra própria dos empresários das confecções.Downloads
Publicado
21/02/2013
Edição
Seção
Dossiê
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