Direitos humanos, movimentos sociais e educação: redes de diálogos para o fortalecimento da reforma agrária em Mato Grosso do Sul.
DOI:
https://doi.org/10.32760/1984-1736/REDD/2011.v3i2.4433Palavras-chave:
Direitos humanos, Movimentos sociais, Educação.Resumo
O objetivo deste artigo é analisar os caminhos produzidos pelas pessoas assentadas na conquista de direitos que permitam viver na terra, verificando os resultados da experiência de inclusão de acadêmicos/as do Curso de Licenciatura em Ciências Sociais/PRONERA, na Universidade Federal da Grande Dourados, em Mato Grosso do Sul.
Organizado nos moldes de ensino de graduação, oferecido para 56 pessoas em turma única, o curso teve início em julho de 2008 e se encerrará em julho de 2012, sendo resultado de
parcerias estabelecidas entre a UFGD, o INCRA, os movimentos sociais rurais de Mato Grosso do Sul e o MDA/PRONERA. Tem como objetivo concretizar a inclusão no ensino superior das pessoas que vivem em assentamentos rurais e parte do pressuposto de que a consolidação da reforma agrária requer seguridade de direitos para além da terra, possibilitando vida digna às pessoas que dela desejam viver. A experiência com o curso tem nos mostrado que os movimentos sociais estão inscrevendo suas necessidades para além dos direitos sociais tradicionais (condições básicas de sobrevivência), e têm encaminhado novas demandas, especialmente as de natureza identitária, como apresentado por Gohn (2004) e Scherer-Warren (2005). Assim, o acesso à educação gratuita e de qualidade em todos os níveis é uma necessidade reivindicada nos espaços de assentamentos, tornada possível a partir da rede de diálogos e saberes e construída num coletivo de demandantes e de atores sociais.
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