Justificativas morais do “espírito” do capitalismo a partir de concepção de profissão e regimento ascético da conduta de vida
DOI:
https://doi.org/10.29373/semaspas.v6.n2.2017.11172Palavras-chave:
Espírito do capitalismo. Concepção de profissão. Conduta de vida. Weber.Resumo
O presente artigo busca analisar, a partir da obra clássica “A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo”, de Max Weber, como modalidades de conduta de vida e concepção de profissão foram adaptadas à peculiaridade do capitalismo ocidental moderno, erigindo as bases para a constituição de um novo ethos profissional. Trata-se, portanto, de investigar de que forma a doutrina calvinista da predestinação produziu elementos de estímulos psicológicos que fizeram com que indivíduos apresentassem ímpetos empreendedores voltados à acumulação racional de capital. Para tanto, foi feita uma revisão bibliográfica em torno de duas dimensões de análise da obra em questão: profissão como vocação e regimento ascético da conduta de vida. Ao fim e ao cabo, o estudo constatou que a educação religiosa para a ascese, reprovando o consumo e incentivando sua aplicação na produção, bem como legitimando o lucro econômico privado, implicou em efeitos significativos para o desencadeamento do capitalismo de tipo racional.Downloads
Referências
SMITH, Adam. A Riqueza das Nações. São Paulo: Editora Nova Cultural, 1996, Vol.1.
WEBER, Max. A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. Edição especial revisada por Antônio Flávio Peirucci. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.
WEBER, Max. A Gênese do Capitalismo Moderno. São Paulo: Ática, 2006.
WEISS, Raquel. Max Weber e o problema dos valores: as justificativas para a neutralidade axiológica. Revista de Sociologia e Política, Curitiba, v. 22, n. 49, p. 113-137, mar., 2014.