1968 - 1978: o movimento estudantil como novo personagem?
DOI:
https://doi.org/10.29373/sas.v10i00.15873Palavras-chave:
Movimento estudantil, Direitos humanos, União Nacional dos Estudantes, Democratização, Igreja CatólicaResumo
O artigo analisa as retomadas das mobilizações do movimento estudantil na década de 1970, com especial atenção a reconstrução institucional da União Nacional dos Estudantes (UNE), seus episódios de mobilização e repressão, como a invasão da PUC-SP em 1977. Questiona-se, a partir da concepção de 'novos personagens' proveniente da obra de Eder Sader, a pertinência do processo de reorganização estudantil, dado a perseguição e o silenciamento de suas ações, no interior dessa matriz teórica. Através da metodologia da sociologia histórica e da análise documental, conclui-se que, na cidade de São Paulo, a relação do movimento estudantil com os setores progressistas da Igreja Católica, em especial na figura de D. Paulo Evaristo Arns, é fundamental para a compreensão de seu avanço organizativo e da construção de mobilizações em prol dos direitos humanos.
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