Fetichismo da mercadoria e fetichismo da subjetividade: uma análise comparativa na obra de Zigmunt Bauman
DOI:
https://doi.org/10.29373/sas.v1i1.6971Palavras-chave:
Bauman, Modernidade sólida, Modernidade líquida, Fetichismo da mercadoria, Fetichismo da subjetividade,Resumo
A obra de Zigmunt Bauman apresenta uma diversidade de temas e abordagens que não se prendem a fronteiras disciplinares na busca da compreensão da complexidade humana. Nesse contexto, os conceitos presentes nas obras mais recentes visam à análise da pós-modernidade, que Bauman prefere chamar de “modernidade líquida”. Em oposição à sua forma anterior, a “modernidade sólida”, essa nova modernidade tem como principal característica a liquidez nas relações humanas. Permeada pelo consumo, essa sociedade busca a construção de identidades baseadas em relações de compra que tem como pano de fundo a subjetividade. Dessa forma, surge o chamado “fetichismo da subjetividade”, comparado por Bauman ao “fetichismo da mercadoria”, termo anteriormente utilizado por Marx nas análises da incipiente sociedade capitalista. A apropriação desse conceito marxista, nas obras mais recentes de Zigmunt Bauman, será retomada por esse artigo a fi m de que se possa compreender sua contribuição para o entendimento da “modernidade líquida” na qual estamos inseridos.