O pensamento selvagem e a psicologia infantil: novas abordagens a partir do diálogo de Caude Lévi-Strauss e Maurice Merleau-Ponty
DOI:
https://doi.org/10.29373/sas.v1i1.6977Palavras-chave:
Antropologia, Fenomenologia, Estruturalismo, Psicologia,Resumo
As noções de “lógico”, “não-lógico” e “pré-lógico” supõem um entendimento a respeito do que é a racionalidade ou dos critérios que permitem afi rmar o que é racionalmente inteligível. A etnologia e a fenomenologia, tendo em vista o diálogo de Claude Lévi-Strauss e Maurice Merleau-Ponty, têm em comum o alargamento da noção de “racional” ou de “razão” na medida em que ambos tornam inteligíveis determinados procedimentos lógicos antes não apreensíveis em si mesmos. Enquanto Claude Lévi-Strauss afi rma não existir o pensamento do selvagem, mas somente um pensamento selvagem, ou seja, um modo de conhecimento mais próximo à percepção e à imaginação e que opera segundo a lógica do concreto, noutro sentido, Maurice Merleau-Ponty se vale de seus trabalhos, a respeito da percepção e do desenvolvimento de uma ontologia do sensível, para contestar a afi rmação de que as crianças possuem pensamento pré-lógico, quando avaliadas segundo o critério de “representação”. Os dois autores apresentam, portanto, a percepção como fundamento para afi rmação, seja do pensamento selvagem ou da psicologia infantil, e convergem na localização do espaço das artes quanto à possibilidade de aprender a ver o mundo diferentemente na cultura ocidental.Downloads
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Como Citar
LISBOA, P. V. A. O pensamento selvagem e a psicologia infantil: novas abordagens a partir do diálogo de Caude Lévi-Strauss e Maurice Merleau-Ponty. Revista Sem Aspas , Araraquara, v. 1, n. 1, p. 117–125, 2012. DOI: 10.29373/sas.v1i1.6977. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/semaspas/article/view/6977. Acesso em: 12 nov. 2024.
Edição
Seção
Artigos