<i>FAIT DIVERS</i> NA RESSIGNIFICAÇÃO DA VIDA

Autores

  • Ana Claudia de Oliveira PUC – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.21709/casa.v10i2.5582

Palavras-chave:

Fait divers, Estética Midiática, Estesia, Figuratividade, Semiótica Discursiva.

Resumo

Este artigo analisa os faits divers no filme argentino Un cuento chino de Sébastien Borensztein (2011). No filme os faits divers produzem uma forte sensibilização do público. Eles são mostrados como fatos que qualificam o cotidiano do homem em uma sociedade mediática em razão de como produzem efeitos de sentido e dos modos como esses são sentidos.  Na construção narrativa, não há nada que possa explicar a absurdidade do que ocorre.  A falta de referências concretas servem a intensificar o impacto que suscita esse tipo de ocorrência sobre seu destinatário que é aumentado em razão deles não terem uma sessão predefinida. Esta imprevisibilidade provoca um encontro imprevisível.  Sua ação surpreendente produz efeitos estésicos na apreensão estética do mundo mediatizado como uma ocorrência em contato direto que é vivida juntos.  A análise é apoiada na semiótica de Algirdas-Julien Greimas e utiliza o modelo narrativo proposto por Eric Landowski (2005, 2004).  No desenvolvimento, os regimes de interação são explorados como regimes de sentido; além disso, os arranjos figurativos do filme colocados em discurso por dispositivos enunciativos mostram o modo característico do fait divers fazer sentir o sentido. A obra de Borensztein afirma a ação estética e estésica produzida pelos mídias.

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Publicado

18/12/2012

Edição

Seção

Artigos